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Ganoderma

  • jackeline21
  • 22 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Ganoderma

G. applanatum é conhecido como um cogumelo “orelha de pau” que destrói a madeira, podendo ser saprófito ou parasita. Neste último caso, é chamado de fungo da podridão branca, pois, além de degradar a celulose, possui a capacidade de digerir a lignina de coloração castanha existente em uma árvore. A lignina é utilizada pelo fungo como fonte de alimento, deixando a celulose de tonalidade branca. À medida que a lignina é consumida, o fungo enfraquece a árvore. Conhecido popularmente como fungo de prateleira, devido ao formato do seu basidioma (corpo de frutificação), G. applanatum é um Polyporales (ordem a que pertence) em forma de leque cujo tamanho pode variar de 30-70 cm de comprimento, tornando-se bastante visível quando desponta nos troncos e galhos dos hospedeiros. A parte superior do basidioma é formada por uma camada espessa, dura, irregular e coloração marrom avermelhado, com várias zonas radiantes. A parte inferior do corpo de frutificação de G. applanatum é branca, de textura mais macia, apresentando poros por onde são liberados os esporos, inicialmente de coloração branca e que se tornam castanhos à medida que envelhecem. De cada corpo de frutificação são liberados milhares de esporos de tonalidade castanho ou marrom que podem ser disseminados pelo vento ou chuvas à longas distâncias.

Taxonomicamente, Ganoderma applanatum está incluso no Filo Basidiomycota, Classe Agaricomycetes, Ordem Polyporales e Família Ganodermataceae. Suas sinonímias mais comuns são Fomes applanatus (Persoon) Gillet 1878 e Boletus applanatus Pers. 1800. As características micromorfológicas de G. applanatum são: basidioma lignícola, perene, séssil à lateralmente conato; píleo dimidiado (15-18 x 3-5 x 7-8,5 cm); superfície abhimenial marrom, vilosa, concentricamente zonada; margem de coloração creme, direita, obtusa (0,5-0,8 cm), lisa, lobada e zona inferior estéril presente até 0,5 mm; superfície himenial poroide, de coloração marrom escuro, 5 a 7 poros/mm, regulares e circulares, tubos concolores a superfície himenial, com 0,1 a 1,1 cm de profundidade; contexto homogêneo, porém, apresentando dois tons de coloração – marrom claro e escuro – espessura média de 0,4 cm. Sistema hifálico dímitico, com hifas não amiloides e não dextrinoides; hifas generativas hialinas, com ansas, parede fina, 2,49-3,32 mm; hifas esqueléticas arboríformes de coloração amarelo a marrom, parede espessa com 2,49 a 5,81 mm; basidiósporos ovóides, truncados na região terminal, de parede dupla e coloração marrom, com tamanho em torno de 8,30-9,96 x 5,81-7,47µm.

No Brasil, G. applanatum já foi constatado sobre Tipuana tipu (Benth.) Kuntze, família Fabaceae, bem como em algumas palmeiras (família Arecaceae). Em Ficus elastica, trata-se da primeira constatação de G. applanatum em nosso meio.

Alguns basidiomas de G. applanatum retirados de F. elastica foram registrados e guardados no Herbário Fitopatológico e Urediniológico do Laboratório de Micologia Fitopatológica. Não existe controle do declínio causado por G. applanatum, pois, quando o basidioma do fungo se manifesta, todo o sistema condutor do hospedeiro encontra-se comprometido.


 
 
 

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